Mensageiro da notícia
Por: Ana Teixeira
Iniciativa para limpar freguesias já conta com uma centena de voluntários
No concelho de Vila Real foram identificadas cerca de cem lixeiras espalhadas por 17 freguesias. Neste âmbito, foi organizada uma equipa de coordenação para implementar o projecto Limpar Portugal no concelho vila-realense. Até ao momento, mais de uma centena de voluntários aderiu a esta iniciativa, que irá ter o seu ponto máximo no próximo dia 20 de Março. É uma realidade que cabe ao cidadão alterar, não fossem as várias lixeiras existentes provocadas pela colocação do mais diverso tipo de lixo. Desde o “mais miúdo”, como o plástico, papéis, caixas de cartão, até aos mais “volumosos”, como electrodomésticos, sofás, colchões, “tudo o que se possa imaginar”, sublinhou um dos coordenadores do projecto em Vila Real, Sérgio Madeira. Espalhadas por 17 freguesias, o amontoado de lixo que se verifica não constitui surpresa para os responsáveis da iniciativa. “De uma forma geral, já estávamos à espera. Sabemos, por pessoas que fazem percursos por essas zonas, que em muitos recantos do concelho se encontra lixo de vários tipos”, destacou o responsável. É com este intuito de remover os lixos que o Movimento Limpar Portugal (PLP) conta com a colaboração de várias entidades do concelho, porque só assim, disse Sérgio Madeira, se pode levar por diante estas acções de melhorias do ambiente. Em Vila Real, o grupo, que irá percorrer as várias lixeiras e que já conta com mais de uma centena de inscritos, terá o apoio da autarquia vila-realense, bem como da Empresa Municipal de Águas e Resíduos de Vila Real (EMAR). “Esta empresa vai estar encarregue de ceder veículos para a recolha e transporte do material para o local indicado”, frisou Sérgio Madeira. De realçar que o lixo recolhido será separado no próprio local. A abundância deste tipo de material, um pouco por todo o País, demonstra uma “falta de sensibilidade e preocupação” das pessoas. De acordo com o responsável, “hoje já há formas de se desfazer do lixo doméstico e até de objectos de grande dimensão”. “Com um simples telefonema podemos promover a recolha desses equipamentos”, adiantou. Contudo, a sociedade em geral continua a considerar “mais fácil” abandonar o lixo num “aglomerado já existente e até num sítio próximo”. “As pessoas quando detectam esse tipo de detritos têm a ideia que isso serve para colocar aí o lixo e, depois, a concentração vai engrossando”, avançou. Esta iniciativa tem “origem na própria sociedade civil que aproveita as novas tecnologias para aglomerar e incentivar as pessoas a aderir a um projecto comum”, realçou, mostrando que é possível as “pessoas organizarem-se” em torno de um ideal.