O dia internacional da Mulher, celebrado a 8 de Março, surgiu da necessidade de homenagear as primeiras mulheres da história que reivindicaram os seus direitos. O Notícias de Vila Real saiu à rua para descobrir o que pensam mulheres empreendedoras, que estão à frente de empresas da cidade.
Cristina Morais, de 41 anos, é proprietária da “Brothers Clothes”, uma loja de roupa feminina, situada na travessa da Portela. Há nove anos que tem este negócio e afirma nunca ter sentido dificuldades por ser mulher, visto que é “um negócio maioritariamente feminino, com roupa, calçado e acessórios exclusivamente para senhora”. No seu ponto de vista, é importante comemorar o Dia da Mulher por “transmitir mais força à mulher, sentindo-se mais segura”.
A empresária explica que “neste ramo não há discriminação” e não se sentia mais segura tendo um homem como sócio, porque “as mulheres têm outro sentimento, são mais maternais e sensíveis para o negócio, são mais polivalentes”. Outro exemplo de empreendedorismo é Maria de Jesus Fernandes, professora de profissão, mas proprietária de uma ourivesaria no centro da cidade. Para Maria de Jesus, o Dia da Mulher “é todos os dias”, mas neste dia celebra jantando fora com o marido.
A “Ferluz Ourivesaria” é uma empresa gerida por marido e mulher mas, apesar disso, Maria afirma não ver esse facto “como uma mais-valia”. A questão da discriminação nunca foi um problema para a empresária.
A loja “Naf Naf” abriu há dois anos pela mão de Cristina Vaz, uma empresária de 39 anos que considera ser importante celebrar o Dia da Mulher. “A discriminação nunca foi uma dificuldade para mim, porque se já fui alvo de qualquer tipo de humilhação já não estava lá para ver”, explica. Para Cristina, a mulher é fulcral no mundo pois é ela quem “cria muitos dos homens importantes da sociedade”.
Paula Bento gere há 14 anos o cabeleireiro com o seu nome. “Acho importante este dia porque a mulher tem, cada vez mais, um papel activo na sociedade e não só”, assegura a empresária. No seu “Cabeleireiro Paula Bento”, afirma nunca ter sentido qualquer tipo de tratamento diferente por ser mulher, nem por parte de clientes nem de fornecedores, já que “90 por cento dos cabeleireiros são geridos por mulheres”.
O restaurante “O Transmontano” é um negócio de sucesso, gerido por Cândida Vaz, de 33 anos, juntamente com irmãos e cunhados. Considerando o dia 8 de Março, “um dia como os outros”, a empresária acha que “o Dia da Mulher é todos os dias”. Nunca sentiu discriminação, afirmando-se “tão ou mais forte que alguns homens”. Apesar de ser a única mulher entre os sócios não se sente tratada de maneira diferente.
Na opinião destas cinco mulheres, o Dia da Mulher deveria ser todos os dias, são empreendedoras e, felizmente, a discriminação não as afecta, mostrando-se verdadeiras mulheres de negócios.
Ana Espírito Santo e Sara Oliveira
Sex Mar 12, 2010 3:47 am